

Quando o amor vira doença: Amor Patológico

O amor é uma necessidade de todo ser humano, é um sentimento particular e próprio de cada um, cada pessoa tem sua forma de amar e de expressar este sentimento, que pode ser transformador.Todos nós precisamos de amor ao longo da vida, portanto nem sempre o relacionamento amoroso é fonte de felicidade e prazer. Na verdade, pode vir a ser a fonte de desprazer e trazer consigo muito mais angústias e temores.
Quando se ama alguém é natural querer estar ao lado dessa pessoa o maior tempo possível. Acabamos por muitas vezes nos anulando, esquecendo das nossas necessidades para viver em função do outro. Embora nem sempre o outro exija tanto, é comum a pessoa se sentir na obrigação de satisfazê-la a qualquer custo, seja por medo, insegurança, carência. Isso ocorre quando o amor se transforma em patológico.
O amor patológico é o comportamento excessivo de prestar cuidados e atenção ao parceiro, de modo que o indivíduo abandona atividades e interesses anteriormente valorizados, se anulando completamente.O indivíduo passa a viver exclusivamente para o objeto de afeto, tendo comportamentos sufocantes com a esperança de receber de volta todo o carinho e atenção doados, o que nem sempre acontece, e percebendo isso ficam tristes e sofrem. Quando não acontece o respeito, quando um dos dois está preocupado com a perda, quando um dos dois está sentindo que seu amor próprio está ferido, daí acontece o desequilíbrio e esse amor passa a sufocar e a frustrar. Este tipo de comportamento, quando intenso e feito de forma repetida e com pouco ou nenhum controle, acarreta prejuízos na vida pessoal, profissional, social e o convívio com familiares. Quando o amor vira doença muitas vezes ele vem associado a quadros de depressão, fobias - como a síndrome do pânico - e ansiedade.
Para não fazer do amor uma obsessão é importante ter em mente algumas recomendações:
1) Amor próprio - goste mais de você antes de gostar do outro
2) Resolva os seus conflitos - não escolha um parceiro com o objetivo de preencher um vazio
3) Encontre prazeres na vida (esporte, trabalho, hobby, amigos, família)
4) Se conheça melhor e analise o que realmente quer para sua vida e que tipo de relacionamento quer manter
5) Tenha consciência de que um parceiro vem para acrescentar coisas a sua vida, que se trata de um cúmplice e não de um preenchedor de vazio
6) Nunca dependa emocionalmente do outro.
Fazer algo para a pessoa que a gente gosta é natural e prazeroso, é assim que tem que ser; prazeroso e espontâneo. É necessário um amar saudável, que acontece sem que nenhum envolvido se anule ou se perca para agradar o outro. Amor saudável é a capacidade de compartilhar, de saber que eu vivo muito bem sem aquela pessoa, mas mesmo assim eu escolho viver minha vida com ela.
Lembre-se: A melhor medida de amor a ser aplicada é aquela que permite que o outro seja ele mesmo.
Psicóloga Elaine Pereira Barbosa – CRP 04/37560
