

É comum ouvirmos a frase “Problemas, todo mundo tem!”, todavia é interessante refletir não só sobre os problemas em si, mas especialmente sobre como lidamos com eles. Ao alegarmos que temos um problema, de fato isso é verdade. Outra pessoa pode tentar amenizar a circunstância, dizendo que ele não tem grande importância... mesmo assim, se o elegemos como problema, muito dificilmente deixaremos de pensar como tal. Isso acontece simplesmente porque você é a pessoa que dita o que é ou não um problema. É você que tutela a gravidade e a importância que um assunto tem na sua vida.
O que determina como você encarará um problema é a sua personalidade, experiências, valores, medos, desejos e capacidade de pensar soluções viáveis. Desse modo, se torna essencial mantermos a calma diante das dificuldades, só assim será possível refletir sobre o tamanho do contratempo que vivencio, e dar condições ao cérebro de encontrar soluções práticas racionais. Muitas vezes a forma como percebemos cada desafio é que determinará o quão difícil será resolvê-lo.
Cabe lembrar que existem problemas que não conseguiremos solucionar. É preciso entender que não somos super-heróis com poderes mágicos para resolver tudo. Algumas vezes a melhor solução para um problema pode ser entender que a vida tem seus tropeços e que é impossível evitá-los.
Há um antigo conto a respeito de um monge que tinha a obrigação de varrer as folhas do pátio do mosteiro. Como cada vez que ele terminava sua tarefa aparecia uma nova folha trazida pelo vento, ele adquiriu o hábito de sempre deixar uma no chão, para que não tivesse de sofrer por isso. Por meio desse pequeno conto é possível refletir sobre como também é improvável aspirar a uma vida sem dificuldades, pois a presença de complicações é algo natural. Problemas nunca irão nos faltar, assim como as folhas secas no pátio do monge, por isso é essencial aprendemos a enxergá-los de forma menos amarga.
Psicóloga Thamires Moura Dias – CRP 04/39229

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